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terça-feira, 13 de outubro de 2009

Luta de Classes nos Correios: A campanha salarial defendida pelos trabalhadores e o conluio das direções sindicais com os patrões

A seguir, a sequencia de fatos mostrará aos tabalhadores dos Correios como se deu a Campanha Salarial 2009 marcada pela traição da direção do Sintect/MT e de parte da FENTECT, porém, com grande luta e resistência dos trabalhadores organizados:

SINTECT-MT TRAI OS TRABALHADORES E ASSINA ACORDO REBAIXADO.

Após tentarem por três vezes sem sucesso empurrar a proposta bi anual da empresa goela abaixo do trabalhador durante a greve a direção do SINTECT/MT deixa a máscara cair.


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A campanha salarial 2009 ficará marcada na história do movimento sindical dos Correios. Infelizmente, não como um marco de luta e conquistas, como foi a greve de 21 dias pelos 30% de adicional aos carteiros em 2008. Marcará sim, como a campanha onde a classe trabalhadora viu a direção sindical eleita para defender esta mesma classe, defender explicitamente os interesses da empresa e dos patrões.

Depois de rejeitar a primeira proposta da ECT a base aderiu ao movimento paredista em todo o país. Durante a greve surge a proposta de acordo bi anual apresentada pela empresa e, posteriormente a proposta apresentada pelo Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST). A diferença entre as duas basicamente era que a proposta da ECT engessa toda e qualquer possibilidade de campanha salarial da categoria em 2010. Já a proposta do TST não nos permitiria exigir aumento real em 2010, porém, poderíamos fazer uma campanha salarial em prol da reposição de perdas passadas e/ou ainda, na pior das hipóteses, pedir abono salarial. Além disso, ficou comprovado matematicamente que para os trabalhadores de base a proposta do TST oferece um ganho economicamente superior ao final de um ano. Não que ela fosse a ideal, mas entre as duas propostas, ela é a que nos permite lutar por melhorias no próximo ano. Ano este, eleitoral, onde sabemos que por excelência é um momento de reivindicação da classe trabalhadora.

Usando de métodos inescrupulosos, a direção do SINTECT/MT tentou por três vezes sufocar a voz do trabalhador. orientados pelos mesmos chicoteadores de carnavais passados, ameaçavam os trabalhadores, defendendo a proposta apresentada pela empresa. Distorcendo os fatos na tentativa de enganar a categoria, aplicavam irresponsável terrorismo psicológico a medida em que diziam que a proposta de acordo bianual era a melhor e se a mesma não fosse aceita os dias parados seriam descontados sem sequer haver negociação. Que os trabalhadores teriam muitas conquistas retiradas se o acordo fosse a julgamento em dissídio coletivo, como o adicional de 30% dos carteiros, os Vales Alimentação / Refeição a até o plano de saúde. Fato esse que já havia sido esclarecido inúmeras vezes pelo próprio Ministro do TST: caso o processo fosse a dissídio só seriam julgadas somente questões como a abusividade da greve (o que não se comprovaria, visto que os trâmites legais haviam sido respeitados) e os dias parados. Não seriam julgadas cláusulas econômicas e sociais, como consta no próprio informe 32 da FENTECT.

Superando todo esse terrorismo psicológico, os trabalhadores em greve recusaram pro três vezes em assembléia a proposta bi anual da ECT. Porém, no a apagar das luzes, sem que houvesse algum fato novo, a direção do SINTECT/MT trai os trabalhadores: convoca uma nova “assembléia”, em frente ao GCTCE, às 08:00 da manhã – horário de trabalho – não respeita ao menos o prazo de convocação previsto no Estatuto da entidade. Ainda, o Diretor Regional, através de um e-mail “convoca” todos os Gerentes e supervisores a comparecerem na “assembléia” para aprovarem a proposta. Eles obedecem.

Ignorando os conceitos da independência de classe, a traição pôde ser constatada por todos os trabalhadores presentes, pois ficou nítido que a direção do SINTECT/MT foi coordenada durante toda a “assembléia” pelos Srs Edilson Nery (Gerente de Recursos Humanos e ex-sindicalista) e Juscelino Barcelos (da Direção Regional e ex-sindicalista) num teatro vergonhoso, sem precedentes na história sindical da categoria. Contra fatos não há argumentos. As imagens abaixo valem mais do que mil palavras.


Edilson Nery (Gerente de Recursos Humanos) orientando "dirigentes sindicais" durante "assembléia".



Juscelino Barcelos (dadireção da Em´presa) orientando "dirigentes sindicais" durante "assembléia".


Diante disso, companheiros, entendemos que denunciar é uma obrigação de todos que estavam presentes naquela “assembléia”. Fiscalizar para coibir que novos acordos sejam feitos às, escondidas longe dos olhos dos trabalhadores.

Portanto companheiros, não vamos mais permitir que essa diretoria sindical, para defender seus grupos político-partidários e seu governo, engane os trabalhadores, apunhalando de forma covarde aqueles que os elegeram.


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